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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ano novo

Ficou velho o pobre ano

Nem bem firmou seu reinado

Culpa de um relógio louco

Quase sempre acelerado.


E o calendário matreiro

Espadachim bem treinado

Sorri ante tais festejos

De tocaia nos telhados


Dos casarios que não dormem

Das luzes que não se apagam

Das ressacas memoráveis

Dos abraços bem guardados.


Na última badalada

Da noite que agora é meia

Desfere o golpe certeiro:

- Já é velho o que anseias.


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